quinta-feira, 22 de março de 2012

ÁGUA REAGENTE NO LABORATÓRIO

             A água é um recurso natural essencial à vida e é fundamental que o processo de gestão desse precioso elemento busque máximas eficiência e eficácia na sua utilização. No laboratório clínico, em razão de suas propriedades físico-químicas peculiares, é possível realizar um controle efetivo da sua qualidade, através da mensuração de alguna parâmetros, tais como a condutividade, a resistividade, a medida do pH e o grau de dureza.
              As aplicações da água no laboratório vão desde a sua utilização na lavagem de vidrarias, passando por diluições, preparo de soluções, pela reconstituição de reagentes e materiais de controle, até o seu uso em sofisticadas técnicas para estudo molecular, para análises cromatográficas ou por espectometria de massas, entre outros.
              As principais metodologias para purificação da água são: adsorção com carvão ativado, filtração, destilação, deionização, eletrodeionização, fotooxidação por sistema ultravioleta, osmose reversa, microfiltração e a ultrafiltração, sendo que acada método tem seu fundamento, aplicabilidade, vantagens e desvantagens.
              A utilização de uma tecnologia não é efetiva na remoção de todos os tipos de contaminantes, fazendo-se necessária a combinação de diferentes métodos de purificação para a obtenção de um efetivo tratamento da água para uso laboratorial.
              O CLSI (Clinical and Laboratory Standarts Institute) define especificações de qualidade da água e suas aplicações dentro do laboratório.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sensibilidade e Limite de Detecção.

Sensibilidade Analítica é a capacidade de um procedimento analítico em gerar um sinal para uma definida mudança de quantidade e o ângulo da curva de calibração.

Limite de Detecção é a menor concentração ou quantidade que um método pode detectar com certeza para um dado procedimento analítico. Ele depende da amplitude da leitura do branco e da precisão desta medida.

Ambos os termos são relacionados à sensibilidade de um método. Na prática, o que se busca é um elevado nível de sensibilidade analítica e um baixo limite de detecção.

A sensibilidade de uma prova refere-se à probalidade de um resultado ser positivo, por exemplo, na presença da doença, isto é, a porcentagem de resultados obtidos com a realização da prova, em uma população constituída apenas de indivíduos afetados da doença para qual o teste deve ser aplicado.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Controle de Qualidade em Microbiologia

O controle de Qualidade dos testes de sensibilidade a antimicrobianos deve ser feito desde a preparação dos meios de cultura - pH, volume de meio por placa, espessura do meio, esterilidade, eficiência, etc - até o uso de cepas de referência, como a Escherichia coli ATCC 25922, a Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853 e o Staphylococcus auerus ATCC 25923. A última edição do CLSI apresenta os limites aceitáveis dos resultados dos testes de difusão com as três cepas ATCC.
Além do controle de qualidade interno, é fundamental que o laboratório participe de um programa de controle de qualidade externo como o da Sociedade Brasileira de Patologia ou o da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas, para que o laboratório possa ter os seus resultados comparados com os de outros laboratórios de bom nível de sua  região e do restante do país.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O que deve conter um laudo laboratorial???


O laudo do laboratório deve atender à RDC nº 302 de 13/10/2005, da ANVISA, que dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos.

O laudo deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
  1. Do Laboratório Clínico
    • Nome;
    • Endereço e Telefone;
    • Nº da inscrição no respecitivo conselho de classe profissional;
    • Nº da licença de funcionamento expedida pela autoridade sanitária;
    • Nº de inscrição no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES (opcional)
  2. Do paciente/cliente
    • Nome;
    • Nº de registro no laboratório
  3. Da amostra
    • Tipo de amostra;
    • Data de recebimento ou coleta;
    • Horário da coleta, quando houver indicação;
  4. Do solicitante
    • Nome
  5. Do resultado do exame
    • Nome do exame;
    • Método Analítico;
    • Resultado do exame e a unidade do mesmo, se houver;
    • Valores de referência, dados para Interpretação e limitações técnicas, quando houver;
    • Observações e comentários pertinentes, quando necessário;
    • Interpretações, quando necessário;
    • Conclusão, quando apropriado
  6. Da liberação do laudo
    • Nome do profissional responsável;
    • Nº de registro no respectivo conselho de classe profissional;
    • Data e assinatura.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Planos e Procedimentos Documentados: Implementação contínua!!!


     Programas eficazes de garantia de qualidade exigem planos e procedimentos bem documentados. As atividades do programa de Garantia de Qualidade (GQ) precisam ser implementadas consistentemente, caso contrário, as tendências não podem ser avaliadas e as melhorias não podem ser determinadas. As agências governamentais exigem que os laboratórios clínicos desenvolvam planejamentos e procedimentos documentos de GQ, cuja utilização também deve ser documentada. Existem inúmeras diretrizes sobre a estrutura e o formato dos planos documentados de GQ.
     Os programas de GQ exigem implementação contínua. Todos os funcionários devem estar envolvidos na garantia da qualidade e nos esforços para sua melhoria. Os procedimentos para a GQ devem identificar a frequencia das ações ou das avaliações e os mecanismos para a documentação. As tarefas de GQ não documentadas não preenchem as exigências de fiscalização ou administrativas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Melhoria Contínua da Qualidade

O objetivo primário de um programa de Garantia de Qualidade é o de prestar serviços e oferecer produtos de qualidade aos clientes. O endosso geral e o apoio da instituição para a melhoria contínua da qualidade fomentam esse objetivo.
            Planejamentos bem elaborados para a melhoria contínua do controle de qualidade (MCQ) focalizam as preocupações de qualidade importantes para a clientela passiveis de melhoria. O plano de MCQ identifica as preocupações com a qualidade, desenvolve procedimentos para avaliar o nível da qualidade, monitora a qualidade, detecta métodos para a melhoria da qualidade e reavalia a qualidade.
            Os programas bem-sucedidos de MCQ não apresentam deficiências em suas partes constituintes. As dificuldades mais comuns encontradas residem no desenvolvimento de procedimentos para a avaliação precisa da qualidade e na busca de caminhos para melhorá-la.
            Tentativas de melhorar a qualidade podem resultar em declínios temporários na qualidade enquanto os funcionários aprendem novas tarefas ou procedimentos. Por causa desses riscos, os aspectos pertinentes à MCQ devem ser selecionados criteriosamente.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Gráfico de Levey-Jennings

Para confeccionar o gráfico de Levey-Jennings, o laboratório deve adquirir amostras-controle no mercado (entidades, empresas) ou prepará-las.
O gráfico é confeccionado  através de linhas especificando o valor médio para o analito na linha central e os limites de controle estabelecidos ( 1, 2 e 3 desvios padrão à Linha vertical) para identificar e mostrar tendências dos resultados encontrados (http://thayara-consultoriaemqualidade.blogspot.com/2011/06/para-que-servem-os-mapas-de-controle.html). Os resultados são plotados todos os dias conforme a linha horizontal.

·         O centro do gráfico é a média;
·         10 mm acima ou abaixo à linha azul à 1 desvio padrão
·         20 mm acima ou abaixoà linha amarela à 2 desvios padrão
·         30 mm acima ou abaixo à linha vermelha à 3 desvios padrão

Quando os resultados estiverem “dentro dos Limites Aceitáveis de Erro (LAE)” (média ± 2 desvios-padrão), o resultado do exame é liberado. Quando os resultados do controle estiverem “fora dos LAE”, não liberar o resultado do exame. Inspecionar o método para tentar descobrir a causa do problema e repetir os testes. Se os resultados do controle estiverem “dentro dos LAE”, liberar os resultados dos pacientes. Caso contrário, inspecionar novamente todas as variáveis (estabelecidas e documentadas pelo laboratório).